terça-feira, 29 de outubro de 2013

Lula recebe homenagem no Senado e faz elogios a Sarney

Em breve discurso, ex-presidente lembrou 'comportamente digno' de senador durante a Constituinte

UOL 29 Outubro de 2013 - 16:34
               

Foto: Folhapress
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) após ser cumprimentado pelo presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), no plenário do Senado, em Brasília, nesta terça-feira (29)
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) após ser cumprimentado pelo presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), no plenário do Senado, em Brasília, nesta terça-feira (29)
Em sessão solene, o Senado entregou nesta terça-feira (29) medalhas em homenagem aos 25 anos da Constituição de 1988 para os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, que também foi deputado constituinte, e José Sarney, que convocou a Assembleia Constituinte quando era presidente, em 1985.
Em breve discurso após a cerimônia, Lula elogiou o ex-presidente Sarney por ter tido "comportamento digno" durante a Constituinte e ter ouvido os "desaforos" dos parlamentares.  Lula defendeu ainda a atividade política e disse que a presidente Dilma segue a Constituição. Segundo ele, a Constituição de 88 é "o trabalho mais extraordinário que o Congresso já viveu".
Lula deu ainda um recado àqueles que pretendem ser presidentes da República. "Para chegar à Presidência da República, as pessoas precisam estar preparadas para saber que não são donas do país. São apenas donos de um mandato que tem tempo de validade."
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também seria homenageado, mas não compareceu à cerimônia por conta de uma diverticulite (inflamação no intestino grosso), segundo informou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Em seu discurso, Renan lembrou as transformações que a Constituição trouxe para a sociedade, com a garantia de direitos básicos, mas ressalvou que "ainda há muito a ser feito".

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Dilma fala de eleições com Lula e marqueteiro em reunião de 4 horas


Ministro Mercadante falou à imprensa após o encontro Foto: Valter Campanato / Agência Brasil
Ministro Mercadante falou à imprensa após o encontro
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil
  • Fernando Diniz
    Direto de Brasília
A presidente da República, Dilma Rousseff, ficou reunida na tarde desta quinta-feira por cerca de quatro horas com seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o presidente do PT, Ruy Falcão, com o marqueteiro João Santana e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, no Palácio da Alvorada, em Brasília. As eleições de 2014 foram abordadas no encontro entre Dilma e Lula, o primeiro desde o anúncio da aliança entre a ex-senadora Marina Silva e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).

Segundo o ministro Mercadante, que falou após o encontro, não há preocupação por parte do PT do quadro de concorrentes ao pleito presidencial, já que ainda há indefinição de quem será o cabeça de chapa nas eleições. Ele deu o tom do discurso do Planalto a partir de agora: focar na qualidade do governo.

"O foco principal para quem é governo é a qualidade do governo, e é isso que trará nossa vitória, é nisso que estamos seguro. É por isso que temos um leque de aliança muito amplo, muito sólido, muito consolidado, com os principais partidos do País", disse.




<a data-cke-saved-href="http://noticias.terra.com.br/infograficos/mapa-eleitoral-2014/" href="http://noticias.terra.com.br/infograficos/mapa-eleitoral-2014/">Mapa eleitoral 2014</a>
"É cedo para a gente desenhar (o cenário) e a gente tem que olhar para a qualidade do governo e é nisso que o governo está focado, é nisso que a gente está trabalhando. Esta é a prioridade da presidente, por isso que ela (Dilma) é só beijos", acrescentou Mercadante, fazendo referência a uma fala da presidente na qual dizia estar na fase "dos grandes beijos".

Para o PT, tanto a candidatura de Eduardo Campos como a de Aécio Neves, pelo PSDB, são apenas uma tendência ainda não confirmada. "Sinceramente, estamos menos preocupados qual é o quadro dos outros concorrentes, quantas candidaturas, quem será, mesmo porque nada disso está definido, apenas uma tendência hoje em relação a outras duas candidaturas, podemos ter mudança nas outras duas candidaturas", afirmou Mercadante.

Segundo o ministro da Educação, que serviu como porta-voz dos temas do encontro, Lula falou de política internacional com a presidente Dilma e elogiou o tom do discurso na Abertura da Assembleia Geral da ONU, no qual a mandatária condenou a espionagem americana em comunicações do Executivo e da Petrobras.

Eles falaram também sobre outros programas do governo, como o Mais Médicos, que leva profissionais de saúde para áreas remotas, e fizeram um balanço das ações tomadas após os protestos de junho, entre os quais o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade. Segundo Mercadante, Dilma anunciará amanhã um "grande projeto" para construção de um metrô em Porto Alegre. 

Lula foi a Brasília para, oficialmente, participar de um evento sobre trabalho infantil. Ele deixou o local da conferência, o Hotel Golden Tulip, e foi direto para  a residência oficial da presidente da República. O encontro não estava previsto na agenda oficial. Pela manhã, a assessoria de Lula desconhecia se haveria reunião com a sucessora. 

O encontro também contou com a presença do ex-ministro da Secretaria de Comunicação do governo Lula Franklin Martins e o chefe de gabinete de Dilma, Giles Azevedo.

Pela agenda oficial, Dilma receberia o diretor-presidente da Organização Odebrecht às 15h no Palácio do Planalto, mas voltou para a sede do governo apenas depois das 17h30. 

Terra