terça-feira, 10 de março de 2009

Justiça bloqueia os bens de grupo que representa MST (O Globo)

Entidade recebeu R$ 3,8 milhões do MEC e não prestou contas

O juiz da 14ª Vara Cível Federal em São Paulo, José Carlos Francisco, determinou o bloqueio dos bens da Associação Nacional de Cooperação Agrícola (Anca), o braço formal do MST, que nem CGC tem. A denúncia do Ministério Público, de Improbidade administrativa, é sobre suposto desvio de verba de R$ 3,8 milhões repassada em 2004 pelo Programa Brasil Alfabetizado, do governo federal, para a Anca. O dinheiro, porém, foi parar nas mãos de secretarias regionais do MST. Auditoria do TCU encontrou uma série de irregularidades, como falta de comprovação do dinheiro para cursos, inexistência de notas fiscais e de fiscalização, conforme mostrou reportagem do GLOBO domingo. A ação foi protocolada pelo MPF na quarta-feira passada, e o juiz deu dois dias depois a liminar, fato tornado público ontem. Na decisão, o juiz não descarta responsabilizar o MST e a União neste caso por suposta falta de fiscalização. Á Anca disse que só se manifestará após ser notificada da decisão judicial. (págs. 1, 3 e 4, e editorial "Seguir adiante")

terça-feira, 3 de março de 2009

Lula ataca MST por mortes; Tarso diz que foi só 'arrojo' 'Movimento tinha arsenal e estava pronto para confronto', diz delegado

O Globo

Nove dias após líderes do MST matarem a tiros quatro seguranças de fazendas em Pernambuco, o presidente Lula disse ontem considerar "inaceitável a desculpa de legítima defesa para matar quatro pessoas" e cobrou a punição dos culpados. Dois líderes do MST estão presos e foram indiciados pelo crime - um por homicídio qualificado e outro por coautoria - e mais quatro envolvidos estão foragidos. Apesar dos assassinatos, o ministro da Justiça, Tarso Genro, minimizou a violência no campo. "A reforma agrária vem sendo feita de maneira ordenada, dentro da Constituição, e não vejo nenhum índice de aumento de violência. O que ocorre é a mobilização de movimentos sociais, em determinadas circunstâncias de uma maneira mais arrojada", disse. O delegado Luciano Soares, de São Joaquim do Monte (PE), disse que um dos sem-terra indiciados abastecia com armas os integrantes do MST. "Pelo que dizem as testemunhas, o MST tinha um arsenal e estava pronto para o confronto." (págs. 1, 3 a 5, Luiz Garcia e editorial "Má interpretação")