segunda-feira, 31 de março de 2014

FHC: os militares devem desculpas por tortura (Josias de Souza)


Adriano Vizini/Folha
Na opinião do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, os militares contemporâneos fariam um favor a si mesmos se rompessem o silêncio sobre o espinhoso tema da tortura. O repórter Cristian Klein, do Valor, perguntou a FHC se, decorridos 50 anos do golpe, os torturadores deveriam ser punidos.
“Eles estão confessando, publicamente”, respondeu o grão-tucano. “Aliás, é uma coisa horripilante o cinismo com que eles falam. Mas acho que a esta altura não há quem esteja pedindo revanche. E também tem que entender que as Forças Armadas mudaram.”
Ele prosseguiu: “Eu não entendo porque é que as Forças Armadas ainda não dizem: ‘Olha aqui. Nós fizemos isso e foi errado’. Porque se eles disserem isso, acabou. Ninguém é contra as Forças Armadas no Brasil. Quem se rebela ou acha que elas são de direita? Ninguém. Não tem isso. Acho que elas [Forças Armadas] também poderiam ajudar a, digamos, botar uma pedra final nisso.”
Acha que as Forças Armadas são excessivamente defensivas?  “Eu, como presidente da República, pedi desculpas em nome do Estado brasileiro. E avisei que ia fazer isso e criei aquela primeira comissão de reparação. O Estado teve responsabilidade. E não vejo agora porque não as próprias Forças Armadas dizerem: ‘Erramos’. As dependências eram administrativas das Forças Armadas. Não podia ter deixado. Foi mais que um erro. Fez uma coisa ativa. Mas foi uma minoria. Por que essa maioria de hoje não diz isso: ‘Não temos nada [a ver] com isso? E todo mundo sabe que eles não têm’.”
Pesquisa feita pelo Datafolha revela que FHC se engana ao dizer que “não há quem esteja pedindo revanche”. Em verdade, 46% dos brasileiros apoiam a revisão da Lei de Anistia. Isso talvez ajude a explicar, sob a ótica militar, por que as Forças Armadas ainda não romperam o silêncio inexplicável.

sábado, 1 de março de 2014

Grandes blocos desfilam hoje no Rio

   28/02/2014 17h10
  • Rio de Janeiro
Akemi Nitahara - Repórter da Agência Brasil Edição: Stênio Ribeiro

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Os orixás mandam seu axé para o carnaval de Rua do Rio de Janeiro, através do Bloco das Carmelitas, que desfila hoje (28), até as 19h, em Santa Teresa, com samba em homenagem às divindades do candomblé. Um dos blocos mais tradicionais da cidade, chega a reunir 10 mil foliões nas apertadas ladeiras do bairro.
No centro da cidade, saem o Bloco dos Aposentados (17h, na Rua Primeiro de Março), o Escorrega na Baba do Quiabo (18h, no Buraco do Lume, Rua Nilo Peçanha), o Molha o Pé das 8 (20h, na Rua Rodrigo Silva), e o Escorrega mas Não Cai (21h, também no Buraco do Lume).
Na zona sul, o Arpoador recebe o bloco Vem ni Mim Que Sou Facinha, com previsão de 30 mil foliões, a partir das 19h; o Bloco Virtual sai no Leme, também às 19h; a turma do Senta Que Eu Empurro abrilhanta o carnaval da Rua do Catete, a partir das 20h, e o bloco Rola Preguiçosa - Tarda mas Não Falha, às 20h, em Ipanema.
Na Tijuca, a Banda Cultural do Jiló anima a Rua Pinto de Figueiredo, a partir das 22h, com previsão de 2.500 pessoas. No Grajaú, tem Cata Latas do Grajaú, às 18h, na Praça Nobel, e a Turma dos 300, às 19h, na Praça Edmundo. E na Vila Isabel, o bloco Eu Sou Eu, Jacaré é Bicho D'água se concentra às 20h, na Rua Visconde de Abaeté.
Na zona norte, o Monarca do Irajá concentra a partir das 20h, na Estrada da Água Grande; o Boêmios do Méier sai às 19h, na Rua Constança Barbosa; e o Unidos do Chapadão batuca até as 22h, na Avenida dos Campeões, em Ramos.
A zona oeste tem o bloco Meia Dúzia de Gatos Pingados (19h, em Bangu), Geriatria e Pediatria (20h, em Campo Grande), Caldeirão do Coqueiro (21h, no Santíssimo), e em Pedra de Guaratiba desfilam o Bloco do Boi, Só Falta Você, às 18h; Boêmios do Catruz, também às 18h; e o Bloco das Piranhas do Jeffinho, às 20h.