sábado, 28 de maio de 2011

"Aécio hoje tem uma posição de vantagem", diz FHC

Às vésperas da convenção que medirá forças entre Serra e Aécio, ex-presidente diz ao iG que PSDB precisa renovar sua mensagem

Luciano Suassuna e Tales Faria | 26/05/2011 13:45

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ainda não sabe se irá a Brasília para a convenção nacional do partido que ajudou a fundar 23 anos atrás e pelo qual chegou ao Palácio do Planalto. No encontro que reunirá seus principais líderes, o PSDB também não definiu se fortalecerá o grupo de Aécio Neves em detrimento de José Serra ou se adiará mais uma vez o confronto entre ambos, renovando sua direção graças a uma chapa dita de consenso – e que também não está definida.
Mas na terça-feira 24 de maio, quando recebeu a reportagem do iG no instituto que leva seu nome, no sexto andar de um prédio no centro de São Paulo, Fernando Henrique Cardoso tinha três certezas sobre temas que deverão passar pela convenção neste sábado.
Confira trechos da entrevista nos vídeos da TViG nesta página.

FHC: Aécio tem vantagem sobre Serra no PSDB
A primeira certeza: “Ainda não é hora de discutir sucessão presidencial”, disse, apesar de acreditar que o ex-governador de Minas, Aécio Neves, “tem hoje uma posição de vantagem” sobre José Serra.
A segunda: FHC é contra a fusão de partidos de oposição porque ela abriria a porta de saída para os cerca de mil prefeitos do PSDB, que ficariam suscetíveis às benesses do governo na disputa do ano que vem.
Para o ex-presidente, o problema do partido está na sua terceira certeza: a falta de mensagem que capture o eleitorado da chamada nova classe média. “O PSDB tem de fazer um trabalho de formiguinha, de renovar diretórios, e discutir a mensagem”, diz.
FHC cobra do PSDB a renovação de sua mensagem política
“Se for discutir a mensagem do outro, você não é você mesmo”, explica, numa crítica implícita à falta de rumo dos tucanos nas últimas campanhas presidenciais. “O PSDB tem que falar com o Brasil que pulsa, que está desconectado da política.”
Para isso, o ex-presidente propõe que o partido seja mensageiro de propostas de renovação, que ajudem as pessoas a mergulhar no avanço tecnológico. “Tem que falar (com as camadas sociais que estão em ascensão) via internet”, propõe.
No dia 18 de junho, data em que o ex-presidente completa 80 anos, o instituto Fernando Henrique Cardoso deve lançar um site de debates, coordenado pelo ex-deputado Xico Graziano e batizado de Observador Político. É um dos caminhos de FHC para ajudar a colocar o partido no trilho do futuro, sem sair do rumo que começou a ser traçado lá atrás, no seu primeiro mandato. “Ou o PSDB continua a ser o partido da renovação, portanto da tecnologia, da modernidade, do crescimento da economia, da seriedade, das camadas que estão subindo, das reformas, ou não tem mensagem”, diz.


quarta-feira, 25 de maio de 2011

Itamar Franco é internado com leucemia

25/5/2011 15:40,  Por Congresso em Foco
Fábio Góis

O ex-presidente da República e atual senador pelo PPS Itamar Franco (MG) foi internado no último sábado (21) no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. A equipe médica que cuida do parlamentar descobriu um quadro de leucemia (câncer nas células do sangue) depois que foi feito um exame de sangue normal, para prognóstico de gripe e sinusite.

O diagnóstico foi inesperado. Mas, de acordo com o assessor de imprensa de Itamar, José Fonseca, apesar do problema o senador está bem. “Ninguém imaginava, mas foi detectada a leucemia.”
A assessoria informou ainda que a doença está no estágio inicial, o que favorece a execução de procedimentos clínicos para evitar que o câncer seja agravado. Segundo o primeiro boletim médico, Itamar, que tem 80 anos, mantém todas as funções vitais em funcionamento normal, sente-se bem e deve receber alta nos próximos dias.

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), declarou que Itamar deve tirar licença médica de 30 dias – o limite regimental para esse tipo de afastamento é 120 dias, a partir de quando o primeiro suplente é convocado para ocupar o cargo até a volta do titular. “Sei que ele está bem”, resignou-se o senador peemedebista.

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